Todo lugar tem o seu som característico. A Suíça tem basicamente três: o do silêncio, que dói a alma; o do sino pendurado no pescoço das vacas, presente na maioria das cidades menores; e o do sino das igrejas. Na minha cidadezinha, por exemplo, este ultimo toca a cada 15 minutos, sem pausa até mesmo durante a madrugada. E no país dos relógios, cada igrejinha que se preze tem seu majestoso relógio.
Detalhe: por aqui, cachorro não late. Minha mãe, que veio à Suíça me visitar pela primeira vez em 2005, achou muito estranho não ouvir um latido sequer. E existem muitos totós por aqui. Não sei o que é, mas até hoje não descobri como se faz para manter um cachorrinho tão comportado.
A verdade mesmo é que o suíço ODEIA barulho, seja ele qual for. Gente rindo, criança brincando, gente falando ou música tocando. Vai dar festa na sua casa? Se prepare para baixar o tom. Se um dos convidados se empolgar e falar um pouquinho mais alto após às 22 horas, não se assute se apolícia aparecer.
Mas não é um contracenso? Se a igreja pode, por que eu nao posso? Nada contra a igreja, que fique bem claro.
Eu não quero uma Suíça com níveis insuportáveis de decibéis como Copacabana, que aliás, é um absurdo. Mas vamos combinar que um pouquinho de sons humanos significa que há vida. E onde há vida, há esperança.
Eu não quero uma Suíça com níveis insuportáveis de decibéis como Copacabana, que aliás, é um absurdo. Mas vamos combinar que um pouquinho de sons humanos significa que há vida. E onde há vida, há esperança.
Lílis!
ResponderExcluirque delicia ler suas histórias. Continue postando! Quem sabe vira um livro?
Bisous,
Malu